top of page

Resenha: "O Homem que Caiu na Terra", de Walter Tevis

  • Alessandro Yuri
  • 21 de nov. de 2016
  • 1 min de leitura



"O Homem que Caiu na Terra" foi lançado recentemente em uma bela edição da Darkside, com capa que faz um tributo a David Bowie - o protagonista de sua adaptação cinematográfica, um filme cult no gênero.

Trata-se de uma obra de ficção científica, muito diferente de todas as outras, na qual você não vai encontrar batalhas intergaláticas e nem mesmo eventos extraordinários. Esse romance chama a atenção por sua originalidade. É uma ficção científica de cunho filosófico, que nos faz refletir sobre o que é ser humano no mundo atual.

Apesar de "O Homem que Caiu na Terra" ter sido escrito nos anos sessenta, Walter Tevis trata de questões bastante atuais, tais como a necessidade de pouparmos a água no planeta, o perigo da destruição da Terra pela ação de armas nucleares, principalmente a exclusão social de todos aqueles que são considerados diferentes e excêntricos.

"O homem que caiu na Terra" pode ser compreendido como uma parábola anti-bélica que faz duras críticas à sociedade americana imbecilizada que enxerga o protagonista de forma preconceituosa, como um perigo que precisa ser neutralizado, não importa quais meios sejam utilizados. No final da leitura, chegamos à conclusão que Thomas Newton é o mais humano de todos os alienígenas de obras de ficção científica. É sua humanidade mais complexa e trágica que a dos outros seres humanos que nos comove e contribuiu para que o romance de Trevis seja um clássico da ficção científica.


cotação: ***** (excelente)


 
 
 

Comments


Destaque
Tags
bottom of page